Minha Árvore
È primavera, você não tem folhas.
Seus galhos erguem para o céu.
Nus , despidos num soluço mudo.
Implorando por vida se erguem para o infinito.
Soluços invisíveis pela ausência das flores.
Apenas o cinza dos galhos secos...
Demonstrando a vida algumas poucas folhas
Tímidas e pequenas sugam o hidrogênio.
Em seu abrigo pássaros ainda pousam.
Cantando para o Criador seu som de dor
Prece pela vida em ato de amor.
Ver-te assim me causa aflição.
Confunde sua dor com a de meu coração
Que te fez ficar assim?
Antes bela e altaneira.
Testemunha de beijos e caricias.
Hoje moribunda e ferida.
A saudade que eu sinto
Do amor da minha vida.
Parece que espelhas
Que sentes minha ferida.
Viva e floresça,
Vá ao encontro da vida.
Em minha esperança
Quero meu amor beijar
Em sua sombra amiga.
Simbiose (...)
Meus braços erguem também
Morro pouco a pouco
De saudades do meu bem
Dione Fonseca
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