Uma escrivaninha vazia.
Falta nela objetos,
Um computador,caneta e celular.
Faltam alguns objetos pessoais.
Não existe a musica que tomava o ambiente nem o riso
contagiante e ate mesmo som de voz.
Apenas o vaco inerte e silencioso que grita solidão.
As coisas mais simples da vida são o que almejamos e nos são
negadas. A paz de alguém que queremos compartilhar,o lar.
Lar disse alguém é onde mora o coração. Nem sempre o nosso
coração esta onde estamos porque é feito de muitos itens como uma escrivaninha
ocupada por alguém.
Se retirarmos um
objeto ficara sua falta.
Pessoas não são objetos.
Cada um tem sua essência ,sua beleza e suas falhas. São estes
detalhes que buscamos. Como reunir pessoas que amamos em um só lugar?
Muitas vezes o lugar que amamos não é o lugar certo para o
outro.
A vida é feita de partilhas,do somar. Muitas vezes nossa
matemática esta errada . Dois não é quatro.
Cada pessoa é um universo separado e junto. É todo sistema
solar que sem um na rota certa colide.
Qual a Rota escolhida?
A lua tem a sua embora
parecida não é a do sol.
Às vezes seguimos a
mesma rota e encontramos . Podemos ver e sentir. Mas o sol se distancia da lua
e ela continua sua rota gélida esperando o sol para aquecê-la. Às vezes um
eclipse acontece mas nem todos podem ver.
A solidão é uma dor
que não vemos mas sentimos .
E continuamos nossa rota.
A felicidade é algo passageira mas deixa as marcas das
saudades que regamos em lágrimas caladas e silenciosas.
Tantas dores aquecem nossos olhares e sufocam nosso coração e
deixam a mente inquieta. A incógnita do amanhã. A incerteza do futuro, apenas o
presente é real como a escrivaninha muda e fria. Sem musica na alma apenas a
dor latente da solidão verdadeira. O amanhã não me pertence nem o ontem ,apenas
o agora. E a agora esta doendo em mim.
Dione Fonseca
Nenhum comentário:
Postar um comentário