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sábado, 7 de fevereiro de 2015

A gota deslizante





A gota deslizante

Não sei se é o sereno ou lágrimas
Que pela minha face escorrem
Nos meus olhos, se confundem
O brilho das estrelas e o clarão da lua
Deslizam lentamente
Chegando à minha boca
Sinto um gosto amargo
De meu coração que soluça
O sabor salgado eu sinto
Seiva da minha pele
Ou essência da minh’alma?
Sinto saudade do som do riso
Que em minha boca aflorava
Cantiga de uma alma enamorada
Quando tinha certeza do amor do amado
Dúvidas que afloraram
E meu riso apagaram
Transformando em soluço
O contentamento afável
Tece a gota deslizante
Uma teia de histórias vividas
Neste labirinto, me perco em lembranças.
Tentando reviver sem a chave ter
Para retornar a este mundo de sonhos vividos.
Dione Fonseca
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